quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

NÍVEL ALFABÉTICO: COMO SUPERAR AS DIFICULDADES DA ESCRITA E LEITURA

COMO SUPERAR AS DIFICULDADES APRESENTADAS PELAS CRIANÇAS DE NÍVEL ALFABÉTICO NA ESCRITA E NA LEITURA? 



Algumas crianças chegam ao nível alfabético apresentando dificuldades, tais como:

- alunos que lêem alfabeticamente e ainda produzem escritas silábicas;
- alunos que já escrevem quase alfabeticamente e não decodificam um texto convencional.

Isso acontece porque a leitura e a escrita não foram desenvolvidas, até então, de forma correlacionada durante o processo de aprendizagem.

O professor atento a essas dificuldades, que são normais no nível alfabético, propiciará aos alunos oportunidades para vincular as ações de ler e de escrever. A possibilidade de exercê-las num mesmo contexto auxilia o domínio de ambas.

A prática de produção de textos é uma atividade essencial ao longo de todo o processo de alfabetização. No nível alfabético, a criança já é capaz de escrever sozinha os seus próprios textos. A criança já possui um mínimo necessário de discriminação do significado de cada uma das unidades linguísticas.

A sílaba escrita é a ponte de comunicação entre letra, palavra e frase, de modo a dar-lhes uma significação própria porque diferenciada.

A produção de textos é uma atividade expressiva e criativa que envolve reflexão constante, uma reflexão lógica.

Essa reflexão é de suma importância em todas as ações inteligentes para decidir como se escrevem palavras cuja escrita não está memorizada.

A leitura de textos, por sua vez, envolve a seleção pelo professor dos tipos de textos que serão oferecidos aos alunos de primeira série ou pré-escolar, já alfabéticos, tendo em vista oferecer experiências múltiplas, concretas e reais com o verdadeiro uso da coisa escrita na vida de alguém.

A produção de textos pode ser individual ou coletiva. O importante é que a criança de primeiro ano do primeiro ciclo do Ensino Fundamental ou pré-escolar leia e escreva muito, e que todas as suas produções sejam muito valorizadas pelo professor e outros.

Cada criança escreve do seu jeito e não há "certo" ou "errado" neste momento. O texto produzido pelo aluno é como um desenho ou qualquer outra forma de manifestação expressiva. Não cabe, absolutamente, qualquer forma de correção ou de modificação.

Esses textos são um indicador valioso sobre o andamento do processo de aprendizagem dos alunos. Eles fornecem dados que poderão ser utilizados em outras atividades de escrita.

É preciso que, em alguns momentos, o professor se torne o escriba da turma, porque é indispensável para o aluno poder perceber atos de escrita de pessoas alfabetizadas, seja na escrita de textos, palavras ou letras. Isso possibilita ao aluno a análise de aspectos espaciais e motores envolvidos, bem como a direção que se segue ao escrever (da esquerda para a direita), os tipos de sinais gráficos utilizados (letras, sinais de pontuação), tipos de letras e suas modalidades, a ortografia das palavras, como também observar que se escreve tudo (e não só os substantivos). É importante que o professor leia o texto escrito para as crianças, apontando, com um a régua, o que está lendo.

Os textos são trabalhados em sala de aula para serem analisados nos dias subsequentes à sua produção. Nesse sentido, devem ser expostos na parede, para visualização dos alunos, em dois tipos de letras - cursiva e de imprensa. Poderão ser transcritos para os alunos, que os utilizarão em inúmeras atividades e explorações didáticas, assumindo características diferentes para os alunos de acordo com seu nível psicogenético.
veja: sugestões de atividades para trabalhar com texto

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