sábado, 4 de fevereiro de 2017

DICAS DE COMO INTERPRETAR OS DESENHOS INFANTIS


Ao desenhar, a criança conta sua história, seus pensamentos, suas fantasias, seus medos, suas alegrias, suas tristezas. No ato de desenhar, a criança age e interage com o meio, seu corpo inteiro se envolve na ação, traduzida em marcas que a mesma produz, se transportando para o desenho, modificando e se modificando. Através do desenho, conta o que de melhor lhe aconteceu, demonstrando, relembrando e dominando a situação. 
O conhecimento das etapas evolutivas do desenho infantil fornece ao educador mais um instrumento para compreender as crianças. Somando esse conhecimento à análise constante dos seus trabalhos e considerando sempre o significado mais profundo do ato de desenhar como expressão de idéias e sentimentos, o educador poderá orientar suas ações pedagógicas relacionadas às atividades de desenho elaborando propostas de trabalho que incorporem as atividades artísticas, as quais não precisam ser espontâneas das crianças. O fato de ser escolhida pelo educador não tornará essa atividade expressiva. 

Interpretando os desenhos

Posição do desenho – Todo desenho na parte superior do papel, está relacionado com a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas. A parte inferior do papel nos informa sobre as necessidades físicas e materiais que pode ter a criança. O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao passado, enquanto o lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, representa o momento atual.
Dimensões do desenho -  Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.

Traços do desenho -  Os contínuos, sem interrupções, parecem denotar um espírito dócil, enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e impulsiva.
A pressão do desenho - Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto as mais superficiais demonstra falta de vontade ou fadiga física.
As cores do desenho – O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a curiosidade e alegria de viver; o laranja, necessidade de contato social e público, impaciência; o azul, a paz e a tranquilidade; o verde, certa maturidade, sensibilidade e intuição; o negro representa o inconsciente; o marrom, a segurança e planejamento. É necessário acrescentar que o desenho de uma só cor, pode denotar preguiça ou falta de motivação. 
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AÇÕES PEDAGÓGICAS
Coloque o desenho para a criança através de:
uma história bem contada; 
um passeio;
algo ocorrido em sala de aula;
uma brincadeira;
faz de conta;
jogos;
cantigas etc.
Tipos de desenho:
Desenho livre ou espontâneo
O objetivo é que as crianças tenham um momento livre criação a partir do seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem que trabalhamos em sala de aula. O professor não deve intervir, no entanto, em alguns casos quando o desenho é repetitivo é importante propor que ela faça algo diferente.
Desenho a partir de uma apreciação
Essas apreciações contribuem para ampliar o repertório de imagens, observar e identificar imagens diversas, conhecer a diversidade de produções, ampliar seu conhecimento de mundo e de cultura. Esse tipo de desenho contribui para que as crianças deixem de lado as figuras padrões e percebam que existem muitas possibilidades de representar determinada coisa.
Desenho com interferência
Essa intervenção pode ser um traço, uma linha, uma colagem, parte de um desenho. O tamanho do papel também serve como suporte para a interferência, formados variados também.
Desenho temático
Neste desenho o professor determina o tema como brincadeira, família, autorretrato, personagens de histórias etc
Desenho gêmeo
É a cópia de um outro desenho de um amigo. Um desenha e o outro copia.
Desenho de observação
Esse desenho não se trata de uma simples cópia, mas a observação de detalhes que o fará aprender a desenhar coisas que não sabiam.
Desenhos de memória
Nesse desenho a criança representará algo guardado em sua memória como algum evento ou situação passada.

BÉDARD, Nicole. Como interpretar os desenhos das crianças. Editora Isis: São Paulo, 2010.











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